MC 12: O ATENDIMENTO A CASAIS E FAMÍLIAS DENTRO DE UMA PERSPECTIVA GESTÁLTICA: REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA CLÍNICA E DIDÁTICA

Autores

  • Márcia Estarque Pinheiro
  • Marcelo Pinheiro

Resumo

MC 12: O ATENDIMENTO A CASAIS E FAMÍLIAS DENTRO DE UMA PERSPECTIVA GESTÁLTICA: REFLEXÕES SOBRE UMA PRÁTICA CLÍNICA E DIDÁTICA Marcelo Pinheiro Márcia Estarque Pinheiro RESUMO Neste trabalho buscaremos apresentar uma forma de atendimento a casais e famílias coerente com a perspectiva gestáltica, especificando suas peculiaridades, seu valor clínico e sua riqueza no que se refere ao treinamento de Gestalt-Terapeutas, especialmente quando realizada em equipe. Discutiremos também as possibilidades de interlocução entre a Gestalt-Terapia e o construcionismo social corrente que tem trazido contribuições muito valiosas no que se refere ao atendimento psicoterapêutico de casais e famílias. Trataremos de um autor em especial: Tom Andersen. Palavras-chave: Gestalt-Terapia; psicoterapia; familiar; equipe; reflexiva; construcionismo; social; terapia; família; PROPOSTA Tema: O atendimento a casais e famílias dentro de uma perspectiva gestáltica, suas peculiaridades e seu valor no treinamento de Gestalt-Terapeutas, especialmente quando realizado em equipe. Discutiremos também as possibilidades de interlocução entre a Gestalt-Terapia e um autor em especial: Tom Andersen. Tom Andersen é historicamente associado ao construcionismo social. Esta corrente tem trazido contribuições riquíssimas no que se refere ao atendimento psicoterapêutico de casais e famílias. Existem proximidades históricas e epistemológicas entre o construcionismo social e a Gestalt-terapia (Pinheiro, 2005). Neste trabalho buscaremos demonstrar como, através da interlocução entre estas duas posturas, podemos desenvolver uma prática clínica extremamente rica e totalmente coerente com a perspectiva gestáltica. Objetivo: Apresentar uma forma bastante produtiva de atendimento de família em equipe, demarcando suas virtudes e explicitando quais os aspectos que a tornam rica e eficiente e de que forma estes mesmos aspectos contribuem com tal excelência. Discutir cuidadosamente a coerência desta forma de trabalhar dentro de um referencial gestáltico. Justificativa: Uma das características marcantes da Gestalt-terapia é a sua possibilidade de estabelecer interlocução com outras abordagens, integrando conceitos e técnicas sem perder sua consistência epstemológica. Este tipo de desenvolvimento deve ser sempre construído a partir de interlocuções cuidadosas. Não se trata de uma mistura inconsequente e sim de uma graciosa integração metodológica, que sempre deve surgir como fruto de uma experiência refletida de maneira rigorosa. Metodologia: Este trabalho será realizado em 4 fases distintas: Na primeira fase faremos uma introdução em relação ao tema, descrevendo e contextualizando histórica e epistemológicamente a proposta “reflexiva”. Posteriormente traçaremos um paralelo entre este modelo e o referencial gestáltico, resaltando semelhanças e diferenças de forma a demonstrar a pertinência e viabilidade epistemológica da utilização desta forma de trabalho dentro de uma perspectiva gestáltica. No segundo momento coordenaremos a dramatização de um atendimento de família com a participação da audiência de forma a apresentarmos de maneira prática este estilo de trabalho. No terceiro momento promoveremos uma discussão a partir das experiências vividas, dando espaço para que cada participante da dramatização tenha a oportunidade de compartilhar o que pensou e sentiu durante a simulação. Neste momento enriqueceremos a discussão, utilizando nossa experiência de mais de 10 anos de prática com este modelo e de mais de vinte anos de experiência clínica. Após o término das discussões daremos início a última etapa de nosso trabalho: o fechamento. Momento no qual os participantes serão convidados a falar sobre como vivenciaram o trabalho e como estão saindo da atividade em termos emocionais e também no que se refere aos ganhos profissionais aferidos. OBRAS CONSULTADAS: A. GRANDESSO, Marilene, Sobre a Reconstrução do Significado: Uma Análise Epistemológica e Hermenêutica da Prática Clínica - Casa do Psicólogo, 2000 – Rio de Janeiro, RJ. ANDERSEN, Tom – Processos Reflexivos/ Tom Andersen - Tradução: Rosa Maria Bergallo. Rio de Janeiro: Instituto NOOS: ITF 2002. 2º edição ELKAÏM, Mony – Panorama das terapias familiares / |Org.| Mony Elkaïm; Tradução Eleny Corina Heller.| - São Paulo : Summus, 1998. Volume 1 ELKAÏM, Mony – Panorama das terapias familiares / |Org.| Mony Elkaïm; Tradução Eleny Corina Heller. - São Paulo : Summus, 1998. Volume 2 MATURANA, Humberto e VARELA, Francisco – A árvore do conhecimento as bases biológicas do entendimento humano – Tradução Jonas Pereira dos Santos; São Paulo: Editorial Psy II, 1995 PINHEIRO, Marcelo, Equipe Reflexiva: Quais são as diferenças que criam diferenças? - IGT na Rede, Rio de Janeiro, RJ, Vol 2. N 3, 27 02 2007. 95 PINHEIRO, Marcelo, A utilização do atendimento em equipe no treinamento de gestalt-terapeutas. - IGT na Rede, Rio de Janeiro, RJ, Vol 4. N6, 27 02 2007.

Downloads

Publicado

2014-07-29