O sofrimento existencial da comunidade UEMG Divinópolis: desafios e possibilidades de enfrentamento
Palavras-chave:
Sofrimento existencial, Sentido da vida, - Vazio existencialResumo
Sob diferentes terminologias e formas o sofrimento sempre esteve presente ao longo da história da humanidade. Se tornam marcas nos modos de ser contemporâneos a busca pelo sentido da vida, a constatação da solidão e do vazio existencial. E é dentro desse quadro de incerteza e busca por maneiras de lidar com esses modos de ser que este projeto se insere. Ele intenta discutir como se dá o sofrimento existencial de professores, alunos e técnicos administrativos na UEMG unidade Divinópolis e quais estratégias utilizam para lidar com ele. No momento em que vivemos, ainda dentro de um estado pandêmico, mas saídos do isolamento, muitas são as questões que têm se apresentado para a pessoa humana e a levado ao sofrimento existencial: reaprender a lidar com as relações presenciais, lidar com os lutos sofridos, se a ver com as situações de trabalho, agora presenciais dentro da Universidade, com os conflitos que se deram frente à eleição de 2022, com as vivências pessoais frente a própria vida, com os relacionamentos rompidos devido aos diferentes posicionamentos políticos etc. se torna um desafio tanto para alunos quanto para professores e técnicos. A partir do método fenomenológico empírico de Amedeo Giorgi estão sendo realizadas entrevistas com os professores, alunos e técnicos administrativos da unidade Divinópolis. O método fenomenológico empírico que será utilizado divide-se em quatro passos: 1) estabelecer o sentido geral; 2) determinação das unidades de significado; 3) transformação das unidades de significado em expressões de caráter psicológico; 4) determinação da estrutura geral de significados psicológicos. Este estudo visa produzir material para subsidiar o NAE e a unidade para proposição de ações para ajudar os sujeitos no enfrentamento de seu sofrimento existencial. A partir da obtenção dos relatos se buscará os aspectos comuns em todas as entrevistas e se caracterizará o sofrimento existencial vivido pelos sujeitos. Ainda não temos a saturação dos dados, no entanto, com os dados coletados até o momento é possível compreender que o sofrimento existencial dos alunos tem perpassado a dificuldade de contato consigo mesmos, com os outros e com o próprio ambiente universitário. Eles têm se sentido fragilizados frente à vivência de não pertencimento aos grupos na universidade, à dificuldade de entrar em contato consigo mesmos quando surge algum desafio e frente à solidão vivida na universidade já que estão distantes da família, geralmente são de outras cidades, e acabam por se fecharem o que potencializa a vivência de uma angústia que os imobiliza e paralisa. Há muito ainda a ser coletado durante o mês de agosto para que novos dados e mais consistentes possam ser apresentados no congresso. A pesquisa é financiada pelo Programa Institucional de Apoio à Pesquisa - PAPq/UEMG, Edital 11/2022.