Caixa de texto: IGT - INSTITUTO DE GESTALT-TERAPIA E ATENDIMENTO FAMILIAR - CRPJ 05/0347
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VÁRIOS BUQUÊS DE EUS,  ATADOS COM FIOS DE SOLIDÃO

 

 

Jean Clark Juliano

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ESCREVENDO, INICIO  A PRIMEIRA VOLTA

 

Estou precisando escrever. Meus textos surgem assim, de repente. Quando tudo pára, me sinto confusa, sem emoção, tendo muita dificuldade em abrir um tema que me levará a algum lugar. Não tem jeito.Vamos enfrentar o vazio.

 

 

Que consiste  em começar escrevendo ao léu.  Dá um pouco de agonia, é um momento  em que nada tem  a ver  com nada.  Se a angustia cresce muito, posso silenciosamente pedir auxílio a outras pessoas. As inúmeras que deixaram lembranças importantes arquivadas em mim. Á vezes posso nomear alguns desses  eus

Que insistem em residir  em um cantinho do meu ser, e cada um se apresentando de uma maneira diferente. Românticas, guerreiras, sonâmbulas, ativas, sensíveis, lunáticas, distraídas, adormecidas...

 

 

 

No momento em que inicio este movimento e me ponho a caminho do encontro , dialogando internamente já me sinto melhor. A sensação de paradeira se vai, e o futuro me parece mais alvissareiro.

 

 

CIRCUMAMBULANDO

 

A palavra que  melhor  descreve esse processo é CIRCUMAMBULAR. Que quer dizer dar voltas, muitas voltas, ao redor daquilo que está nos chamando a atenção no momento, podendo então mudar de perspectiva, ver a partir de outro ponto de vista, maleabilizando o que parecia estar estagnado.

O que me chama a atenção agora não é nada novíssimo, mas que não deixa de me causar estranheza e dor, quando apesar do esforço, da atenção, a comunicação não acontece. E quando ela não acontece, a solidão continua. E a esperança se vai.

Tenho estado inquieta.  Quando isso acontece, sei que existe algo borbulhando, pedindo passagem. Em geral, não sei do que se trata, mas neste momento sei que estou falando de INSPIRAÇÃO. E ela chega como se fosse uma dança dos 7 véus, que, no seu  movimento,  desvenda o corpo e as idéias aos poucos. Isso quer dizer que a criatividade está brotando novamente, tudo começa a ficar mais colorido, com um novo frescor. Aproveito estas imagens para tornar mais leves  estas reflexões.

Com um gesto de entrega, permito-me fluir na dança, rodando, rodando...  Fico curiosa e me ponho a prestar atenção nas imagens que surgem.

E este possível momento de encontro é saborosissimo, uma alegria, uma disposição. É a realização de um sonho longamente acalentado  e  que permeia  a minha  vida.

 

 

Apesar do esforço, muitas vezes não somos  ouvidas, e como resultado, as idéias se encolhem lá no fundo de nós  mesmas. Bem guardadinhas. E aí , só em situações especiais elas ousam voltar a tona . Se tivermos sorte surgirá   alguém numa situação parecida, com suas idéias guardadas em um canto bem resguardado... também na  esperança de encontrar alguém que seja capaz de ouvir seus segredos.

 

De repente....achei o tema, que custou tanto a surgir com simplicidade e clareza. Ei-lo aí:

 

COMO É DIFICIL A GENTE SE FAZER ENTENDER, NÃO É?

 

Vou falar isso de novo, para ficar bem claro! Como é difícil a gente se fazer entender, não? Em várias dimensões de nossa vida, buscamos com tanta dedicação a possibilidade do Encontro...Parece incrível, mas com tantos recursos, mesmo com estudos especializados, com todo um treino de sensibilidade no ver, ouvir e no falar, apesar de tecnologias avançadíssimas, por maior que sejam nossos esforços. Só   mesmo com o auxílio da sorte.

As  nossas mensagens  não chegam  nem perto do outro, que diremos da vontade de que  atinjam a alma,   o nosso objetivo mais profundo.

 E vejam bem, fiquem atentos à quantidade de linguagens de que nós nos utilizamos. Além das línguas mais conhecidas, podemos incluir movimentos corporais, danças, vestimentas, cores, tatuagens, jóias. E outra infinidade de formas de se comunicar. Uma  colega me contou que foi convidada a fazer um trabalho de grupo de mulheres em país muçulmano. Ela pesquisou muito como poderia fazer este trabalho, uma vez que não sabia falar a língua do país. E estava um pouco aflita com este fato. Quando chegou lá, um pouquinho de conversa com a pessoa que a convidou só fez piorar a perspectiva. As mulheres eram proibidas de falar fora de casa. E agora?

Com aflição e tudo lá se foram para o encontro. E , com a maior franqueza, mesmo porque não havia outro jeito, ela pediu ajuda ao grupo. E com a maior alegria, elas se puseram  a ensiná-la a linguagem dos lenços .A conversa se fazia pela leitura da cor do lenço usado no dia, pela direção em que ele era enrolado, mais curto, mais longo e todo o gestual que vinha junto. Aos poucos o trabalho, as histórias iam chegando.

Então, profissionais ou não, precisamos estar atentos para aprender  todas as línguas possíveis. Sejam elas faladas, vistas, advinhadas...

Há pouco tempo fui visitar uma amiga que tinha um filho de um pouco mais de 3 anos, ele já falava um pouco de inglês (a família é americana)  um pouco de espanhol,( eles moram na Califórnia,) principalmente, para o meu espanto, na  pré-escola aprendia também a linguagem de surdos-mudos. Como uma outra língua possível, não só uma política de tratar bem pessoas com deficiências nessa área  da comunicação.

O constante fracasso nas tentativas de nos fazermos entender, nos põe em contato com uma densa solidão. São várias solidões, e não só uma. Podemos estar solitários de nós mesmos; solitários  daqueles que amamos; solitários de colegas, solitários no mundo..

    E pensar que aquilo que mais nos faz falta, a nossa  maior riqueza é a lembrança de situações em que experienciamos  ser envolvidos numa suavíssima camada de aceitação e aconchego. Em que pudemos nos apresentar do jeitinho que somos, sem tirar nem por.

 

Acho que para contrabalançar, fico em contato com a multiplicidade de eus que existem aqui dentro.. Vários personagens, uns mais complexos, outros mais simples, ainda outros afetivos, outros zangados.. Tenho uma idéia: vou eleger alguns eus, alguns fios de solidão, e construir pequenos buquês..

 

VÁRIOS BUQUÊS DE EUS ATADOS COM FIOS  DE SOLIDÃO

 

Às vezes me perguntam se eu acredito em espíritos. A minha resposta é  sim. Só que me refiro aos eus que de vez em quando vem à tona, para nos demonstrar que é possível encontrar outros caminhos... Muitas vezes somos agraciados com  a presença de um jeito de ser que nos acalma, integra  e cura.

De vez em quando eles (os personagens, os eus) surgem com muita nitidez. Daí  é possível brincar e experimentar. Para ver se formam uma química interessante.

Começam a tomar formas  muito diferentes, e posso até incentivá-los a fazer alguns diálogos simples, contando suas origens. Algumas vezes , por vontade própria,  eles  sopram, com muita delicadeza, bem de leve, sugestão de temas para conversas que se apresentam , nos abrindo sentimentos que compartilhados, vão compondo idéias.

Desta maneira, o peito começa a se aquecer,, o mal estar vai se desvanecendo e no seu lugar vamos tecendo com fios coloridos de eus, combinando com arremates de fios de solidão.

 

O MUNDO DÁ MUITAS VOLTAS...MAIS UMA VOLTA, É POSSIVEL A  ESPERANÇA?

 

O problema é que esta constelação acontece muito raramente. Este ser amado, com o qual sonhamos, e que virá para diminuir a dor da solidão, demora muito quando chamado.

Por que será? O encontro tinha sido tão bom que até imaginamos que esta relação duraria mais. A esperança brotou, toda viçosa...mas não aconteceu. 

Vamos conversar um pouco a respeito da difícil tarefa de entender a dinâmica  da relação homem  -  mulher.

AVISO: Vocês notarão ao longo do texto algumas ironias e algumas brincadeiras...

Temos um problema aqui. Onde será que anda este companheiro? Nos dias de hoje, o telefone da sua empresa, um PABX super moderno, está  sempre ocupado. O celular, para evitar “acidentes” só dá caixa. Talvez tenhamos mais sorte enviando um e-mail, contando o ocorrido, pedindo socorro. Mas, sabe o que? Ele costuma  se justificar dizendo que tem uma agenda lotadissima,: tinha de fazer muitas coisas: verificar se vieram consertar aquela máquina caríssima; ir ao banco, entregar o relatório que era urgente, e, na volta, imagine,  pneu furou.

 

A nossa disposição também,,,

 

Não lhes parece absolutamente ancestral ter uma  hora comum para refeições? Isso porque conseguir  fazer com que a familia  toda se sente para fazer uma refeição conjunta é uma conquista, é um feito, de uma pessoa tenaz e insistente.

E que podemos fazer com o comentário venenoso que os amigos fazem se, por acaso,”Ele” atender o celular e que adivinhem que se trata   “da Esposa” chamando o amigo para casa, sendo, como sempre, colocada como a desmancha -prazeres. E todos penalizados com a sina do amigo. Dando conselhos ”Nunca revele lugares que você freqüenta, ela vai se sentir segura e vai querer lhe controlar”. A chave do bom comportamento da mulher é a insegurança, não se esqueça, mantenha-a sempre na insegurança. (  e ela pensará: será que estou muito gorda/magra? Será que estou com muitas rugas?  Será que  aquela  energia tão insinuante  que era a minha marca desapareceu?) Se assim não for, porque é que ele fica encarando as mulheres que passam, assim, de queixo caído, enquanto tentamos nos equilibrar em saltos altíssimos , à custa de nossa coluna, e ele nem nota que estamos de cabelo roxo novinho em folha...

Rodando, procurando, aprendemos que o auge da desafinação é justamente esta,  a que envolve o homem e a mulher

Ele não entende nada de fios de solidão de que ela de vez em quando ousa falar ( ficou louca?), e ela menos ainda  desta eterna busca de poder.( ela é a princesinha, fica protegida de tudo,  eu cuido de tudo, ela não tem idéia do que é isso).

 

A MULHER É MUITO FORTE! PROTEJA-SE! FIQUE  LONGE DELA! (a mãe  dele sempre dizia)

 

Aos poucos vai se delineando um paradoxo: o nosso homem sempre sonhou, a vida inteira, em sair pelo mundo, sozinho, para escalar o Himalaia, navegar até o Pólo Sul... fazer escaladas dificílimas. Durante a sua peregrinação, sempre fará um diario escrevendo Tim Tim por Tim Tim  Para não omitir nenhum detalhe, para que ele não se esqueça do que viveu e tambem contar aos amigos, provando o que é possível realizar quando o empenho é verdadeiro e a gente não toma tempo em olhar para os lados, nem ouvir opiniões.

Agora ouso perguntar, com muita vontade de protestar: Nestes casos, como ficamos nós mulheres e nossas crianças?  E os nossos sonhos femininos?  E o medo dos acidentes  que poderiam vir a ocorrer aos nossos amados durante essas aventuras? Acidentes e pior ainda, incidentes   tais como encontrar outra mulher muito mais aventuresca e portanto mais interessante?

 

A mulher compartilhou estes percalços, sofreu, ficou em dúvida se era de fato amada. Cansada, tinha  prometido  vingar-se. Daria algum jeito de devolver alguns desaforos, grosserias.

Mas... não tem jeito. Ao ver seu companheiro de volta, finge que não está nem aí, mas saboreia com gosto suas palavras  , ficando encantada com seus  relatos  da viagem.  E, cá entre nós ,não é verdade muito bom, quando o nossos olhos e  coração se aquietam ao conferir que ele está de volta?

Por exemplo, vamos olhar de perto o mais famoso viajante de nossa literatura, Ulisses, que seguiu o conselho de seus amigos. Pegou um barco bem sólido e que portanto teria capacidade para um  percurso que quase não tinha fim e lá se foi. Rodou mundo. Muitas aventuras mesmo. Sua esposa, Penélope, a nossa Amélia mais famosa, daquelas que tudo agüentam sem reclamar, ficou em casa tomando conta do patrimônio da família, e principalmente mantendo-se fiel. Bordando muito, Tinha a santa paciência de bordar de dia e desmanchar de noite...

Ulisses, navegando em mares revoltos, mesmo enjoando até quase virar do avesso, encontrava um jeito de desvalorizar a simplicidade amorosa  da sua mulher que sempre ficava em casa. Que perda de tempo! 

Mas animava-se com a perspectiva do ponto alto da viagem, que era,  passar na ilha das sereias. Ouviu dizer que ELAS, com sua sedução, conseguiam FAZER com que todos aqueles homens, de tanto entusiasmo, se perdessem .Para sempre.

Mas Ulisses,  chegado o momento ficou tão  assustado, que se amarrou ao mastro do navio para não sucumbir à chamada delas, com seu canto envolvente e mágico. Ele tanto se preparou para a sedução que se espantou quando começaram a cantar.  Descobriu que o canto que ele ouvira dizer ser envolvente e mágico, era na verdade, aprisionante e trágico! Se referia à sua história, com uma longa lista de maldades e descuidos desde pequeno, quando abandonou a mãe e o pai: Elas cantaram outros trechos contando partes da vida dele, e de quantas pessoas ele teria desprezado , nem notado a presença.

Frágil depois de tanto enjôo, comovido com as historias de abandono, finalmente, resolve voltar para casa.

Ao aportar, ficou ansioso para ver Penélope, o filho e o cachorro. No lugar onde outrora residira havia agora uma casa suntuosa. Segundo os vizinhos, lá habitava uma mulher linda e bem sucedida, com o negócio de bordados. No inicio, contavam eles,  ela tinha uma estranha doença. Tudo o que ela fazia, desmanchava. Estava muito triste com a ausência do marido que havia saído numa viagem sem data para voltar.!

Até que uma velhinha daquelas bem vividas e espertas  ensinou a Penélope  que não se deve nem  jogar fora, nem desmanchar nada produzido pelas próprias mãos, um trabalho lindo, precioso..  E assim convenceu-a do valor do seu trabalho. E ela  passou a se sentir cada vez mais orgulhosa de seus dons de criar beleza .

 

 

E foi assim que passou a  se valorizar, através do bordado, a cada vez cuidar de aumentar a beleza das pessoas também , conversando e cuidando da alma daquelas que se aproximavam dela. Ela se tornou uma mestra em trocar solidões doloridas por rendas maravilhosas.que encantavam a todos

 

É MAIS VOLTAS QUE O MUNDO DÃO...

 

E agora? O que vai ser? Do nosso casal tão desarticulado?

Ele , para ser reconhecido em sua terra, teve de rever as suas atitudes anteriores. Afinal, as longas viagens lhe ensinaram muita coisa.

No inicio de sua volta, estranhou bastante. Não foi por falta de tentar se aproximar novamente de  sua casa.....Pois não é que nem o cachorro o reconheceu? Daí ele se lembrou do medo que tinha de se sentir confinado junto à  mulher,  mesmo sendo amorosa,  competente e criativa. E nesse temor, deixou de se unir aos esforços dela, e transformar  esta união numa experiência de crescimento para os dois.

 Agora tudo estava mudado. E finalmente se arrependeu de ter dado ouvidos aos amigos e principalmente a si mesmo e assim ter ficado despojado de tudo o que lhe era precioso na vida...

 

 

 MUNDO VAI GIRANDO, QUAL É O SENTIDO QUE ENCONTRAMOS NISSO?

 

 

Vamos falar agora da mulher e de seus sonhos há muito tempo acalentados. Enquanto não encontrar um parceiro estável, ela não terá sossego. O que mais a apazigua é pensar num companheiro que ouça suas coisas com muita atenção, que tenha disponivel o colo para ela, poder se enrodilhar no seu homem. Ela quer ser vista, amada. Quer que os seus talentos sejam validados, O que a mulher mais teme é ser abandonada e ficar só.

Como é que poderemos combinar estes seres tão diversos? Só por milagre.

Voltando ao paradoxo, a respeito da relação homem-mulher, já falamos do sonho masculino de sair pelo mundo afora e voltar ótimo para casa se se sair bem no mundo externo. Enquanto espera, ela borda e.tece. O sonho da mulher já sabemos, é  ser acolhida no seu homem, sentindo-se segura e amada. O seu maior desejo é se sentir a criatura mais importante na face da terra para ele. Só para ele. Não é demais, é?

Como  vocês podem avaliar e às vezes sentido em sua própria pele, são desejos opostos e que se tornam realidade apenas em situações especialíssimas. Será possível esta relação? Gostaria tanto de achar a chave do segredo...

 

UM PEDACINHO DE COMPREENSÃO...É VOLTAS QUE O MUNDO DÃO

 

 Depois de dar muitas voltas, só posso  ousar um conselho a todos, homens e mulheres Quando chegarem naquele ponto em que fatalmente caímos, em que por desespero de causa se  convidarem a se sentar para discutir a relação, recusem-se terminantemente.  Em vez disso, experimentem convidar seu par para dar uma boa caminhada , quilométrica, daquelas bem exaustivas. Notem que nesta caminhada, ambos tem de olhar para  a frente, em vez de ficar presos no olhar um do outro,   Nesta prisão do olhar do outro ficam enclausurados nos seus próprios pensamentos, nas próprias lembranças,nas palavras que irão responder para se defender...( Este é o segredo, sair do olhar. O olhar só pode chegar quando estiver límpido e inocente.) . E quando não tiverem mais fôlego, cessem  esse diálogo  pesado  que estão fazendo, interna ou externamente. Depois, assim à toa, resgatem um  joguinho bem simples, daqueles que  nos fazia  ficar bem  quietinhos , brincando em silêncio quando éramos crianças. E jogar muito seriamente. Permitindo o resgate daquela tranqüilidade que  conheciamos naquela época.

 A segunda parte do conselho:

 

Encerrem a parte do jogo tomando uma inocente xícara de chá.!  Deste modo, as águas farão o devido movimento no organismo, a natureza seguirá seu curso, e , na volta, ninguém se lembrará   qual era mesmo o assunto?

 

 

 

 

 

 

 

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JEAN CLARK JULIANO

 

DEZEMBRO,2004

 

ANTE-VÉSPERA DE NATAL